Programa Água Doce é apresentado a prefeitos e secretários na AMAMS
O diretor Renato Saraiva Ferreira explicou que o Programa Água Doce tem R$ 250 milhões para aplicar no semiárido brasileiro, sendo R$ 15 milhões são para Minas Gerais, onde deverão ser instaladas as estruturas em 69 comunidades rurais. Ele lembra que nos anos anteriores foram distribuídos dessalinizadores, sem fazer a captação e oferecer a estrutura adequada e por isso, os resultados não foram alcançados, pois a membrana que isola o sal se estraga durante o uso. Ele afirma que dessa vez o programa é mais estruturado. Por isso, nesse primeiro momento será realizado o diagnóstico, no final do ano, haverá a capacitação das pessoas envolvidas e por fim, em 2018, o projeto será executado.
O Encontro Mineiro de Água Doce foi realizado em Montes Claros e na abertura dos trabalhos, o prefeito de Januária, Marcelo Felix, vice-presidente da AMAMS, mostrou que a falta de água é a maior dor de cabeça dos prefeitos, na atualidade, pois poços que foram perfurados e tinham muita fartura de água, estão secos e ainda tem os casos de poços que contam com água, mas com alto teor de salinização, imprópria para consumo. O secretário-executivo Ronaldo Mota Dias, da AMAMS, afirma que há 20 anos se discute a questão da falta de água superficialmente, agora o problema é que os poços estão secando. Ele lamenta que desde maio tenha havido pedido de socorro aos flagelados da seca, mas até agora nenhuma ação foi realizada para minimizar os efeitos da seca.
O secretário estadual das Cidades e Integração Regional, Carlos Murta, justificou que a crise hídrica ocorre há 10 anos e não é só no semiárido mineiro, como na Zona da Mata e Região Metropolitana, levando muitas pessoas a fazerem penitência em Cruzeiros para aliviar a situação. Salientou que a água salgada faz agravar os casos de hipertensão e que se assustou quando viu o Programa de Água Doce parado nas prateleiras da sua secretaria, quando tomou posse. Afirma que os R$ 15 milhões disponibilizados são do Governo Federal com contrapartida do Estado e que cabe aos prefeitos buscar pequenas soluções.
O diretor Renato Saraiva Ferreira, de Revitalização de Bacias Hidrográficas e coordenador nacional do Programa Água Doce, afirma que antes doavam os dessalinizadores sem capacitar as pessoas e com isso, a membrana que isola o sal, acabava estragando. Por isso, será montada uma estrutura similar a estação de tratamento de água. Esse projeto foi reformulado e vem com muitas inovações. Ele afirma que já realizou o encontro nos nove Estados do Nordeste e agora chegou a Minas Gerais.
Ascom | AMAMS
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