Pacuí tem declarada situação crítica de escassez


(Por Girleno Alencar) O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) decretou situação crítica de escassez hídrica no rio Pacuí, no Norte de Minas, ele que é responsável por 30% do abastecimento de Montes Claros. A medida foi tomada através da Portaria n° 50 e tem abrangência nas porções hidrográficas localizadas à montante da estação fluviométrica “Rio Pacuí Coração de Jesus”, no Rio Pacuí e sua bacia de contribuição. As restrições são aplicadas aos usuários que possuam outorga vigente para captação de água superficial e terão duração até o dia 30 de novembro de 2019.

No dia 3 de outubro o Jornal GAZETA denunciou a situação do IGAM. Naquele dia, o superintendente regional da Copasa, Roberto Luiz Botelho denunciou a captação clandestina de água. A situação crítica foi identificada pelo Igam, por meio do monitoramento dos níveis do Rio Pacuí, na Bacia do Rio São Francisco, que apontaram vazões abaixo de 70% da vazão de referência Q7, 10. A definição da ocorrência de situação crítica de escassez segue os critérios estabelecidos pela Deliberação Normativa CERH n° 49, de março de 2015, alterada pela Deliberação Normativa CERH n° 50, de 09 de outubro de 2015.

Como consequências da declaração de escassez, ficam impostas a todas as captações de água superficial da porção onde houve decretação de escassez, as seguintes restrições de uso: redução de 20% do volume diário outorgado para as captações de água para a finalidade de consumo humano, dessedentação animal e abastecimento público; redução de 25% do volume diário outorgado para a finalidade de irrigação; redução de 30% do volume diário outorgado para as captações de água para a finalidade de consumo industrial e agroindustrial e redução de 50% do volume outorgado para as demais finalidades.

No caso de verificação do não cumprimento das restrições de usos impostas na Portaria, serão suspensos totalmente os direitos de uso de recursos hídricos dos infratores até o prazo final de vigência da situação crítica de escassez hídrica. Ficam também suspensas as emissões de novas outorgas de direito de uso dos recursos hídricos, bem como solicitações de retificação de aumento de vazões ou volumes captados na área decretada pela portaria. A critério do Igam poderão ser concedidas outorgas para os usos considerados prioritários pela legislação de recursos hídricos, bem como para aqueles necessários à minimização dos impactos relativos à declaração de situação crítica de escassez hídrica e de restrição de uso.

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