Delegado vai tentar novo pedido de prisão contra pai e madrasta de criança desaparecida

Emilly desapareceu no dia 4 de maio deste ano
Um novo pedido de prisão temporária contra o pai e a madrasta de Emilly Ketlyn Ferrari, desaparecida há dois meses, em Rio Pardo de Minas, no norte do Estado, será solicitado pelo delegado responsável pelo caso, Luiz Antônio do Nascimento.
— Eu pretendo entrar com novo pedido de prisão temporária contra o Leandro Campos e a Jocasta Campos. No entanto, isso só será feito quando eu tiver argumentos mais contundentes para convencer a Justiça. E é exatamente disso que estou em busca agora.
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A primeira solicitação foi negada pela Justiça na semana passada, quando o advogado da família da criança sumida, Diogo Emanuel Domingos, esclareceu  que a solicitação foi feita pelo fato de algumas testemunhas afirmarem ao delegado que estão se sentido ameaçadas pelo pai e a madrasta da menina. No entanto, conforme o defensor, o juiz entendeu que essas ameaças não estariam sendo feitas de forma direta e, por isso, não há necessidade da prisão dos suspeitos.
No texto da primeira solicitação de prisão, ainda conforme o advogado Diogo Emanuel, Luiz Antônio disse que o pai de Emilly apresenta "comportamento dissimulado e a madrasta maquiavélico". Assim, para Diogo, os dois estão sendo investigados como os principais suspeitos do desaparecimento da criança. Porém, essa linha de pensamento ainda não foi confirmada pelo delegado Luiz Antônio.

Andamento do caso
Nessa sexta-feira (5), Luiz Antônio do Nascimento pediu mais tempo para encerrar o inquérito sobre o desaparecimento de Emilly. O pedido foi enviado ao Ministério Público no mesmo dia em que o prazo para a conclusão do inquérito, aberto dia 5 de junho deste ano, terminou.
Segundo justificativa do delegado Luiz Antônio, ele precisa de mais tempo para solucionar o sumiço da criança por se tratar de um caso complexo. Além disso, o delegado afirma que, nos 30 dias legais do inquérito, ele conseguiu avançar e muito nas investigações, mas ainda prefere não revelar detalhes do andamento.
Em contrapartida, o advogado da família de Emilly Ferrari, Diogo Emanuel Domingos, acusa Luiz Antônio do Nascimento de ter parado as investigações e não estar tratando o desaparecimento como deveria.
— Existem vários erros no trabalho do delegado. Primeiro, o inquérito só foi aberto depois de passar quase 30 dias de investigações. Agora, após ter mais 30 dias para concluir o caso, ainda pede mais tempo? Durante todo esse prazo, Luiz Antônio trabalhou 15 dias e folgou outros 15. Esse excesso de viagem atrapalhou e ainda atrapalha e muito o desenrolar das investigações.
Ao saber das acusações do advogado, Luiz Antônio negou tudo e ainda faz questão de se posicionar.
— É tudo mentira do advogado. As investigações nunca pararam e eu até desafio qualquer integrante da Polícia Civil de Minas Gerais a fazer um trabalho igual ao que está sendo feito por mim em tão pouco tempo sobre um caso tão complexo. Além disso, só eu sou responsável por quatro municípios e conto apenas com a ajuda de três investigadores e dois escrivães. Desde que a Emilly sumiu, eu trabalho de domingo a domingo, dia e noite.

Entenda o caso
Emily, que tem necessidades especiais, desapareceu no dia 4 de maio deste ano, na cidade de Rio Pardo de Minas. Ela foi vista pela última vez brincando na frente de casa. A polícia tem pistas de que um carro preto passou pelo local no horário do sumiço da criança.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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