Gerente administrativo da Fundajan é preso por fraudes em compras para o hospital em Janaúba

(G1) O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) divulgou na tarde desta terça-feira (3) a prisão do gerente administrativo da Fundação Hospitalar de Janaúba (Fundajan). A prisão, que teve o apoio da Polícia Militar, foi durante a primeira fase da operação Metástase, também nesta terça, que apura fraudes em compras feitas pela Fundação.


De acordo com o MP, o gerente autorizava que compras do hospital fossem realizadas na empresa na qual era sócio com a esposa, que também é investigada. "Para tanto, em alguns casos, apurou-se que eram lançados valores relativos ao frete nas empresas concorrentes, mesmo quando já constante na oferta, fazendo com que a empresa dos investigados saísse vencedora", diz o MP.

Durante a operação foram cumpridos ainda mandados de busca e apreensão no escritório do gerente, na casa e na empresa dele. O MP suspeita que o gerente administrativo tenha destruído provas durante a investigação. Ele e a esposa foram afastados dos cargos e proibidos de manter contato com funcionários ou se aproximarem da Fundação.
Intervenção

O MP informou ainda que ajuizou nesta terça-feira "um pedido de tutela antecipada, requerendo na Fundajan o afastamento de todo o conselho diretor e nomeação de comissão interventora". A investigação, segundo o MP, apontou diversas irregularidades, como ausência nas prestações de contas, contratação de empréstimos abusivos, deficiência nas escalas de plantão, suspensão de cirurgias eletivas, perseguição e assédio moral.

O que diz o hospital
O atual diretor da Fundajan, Bruno Ataíde Santos, afirmou que acompanhou a ação no hospital nesta terça-feira. Ele diz que está no cargo interinamente desde o mês de dezembro de 2017, mas neste período verificou diversas irregularidades.

"Foi uma saída repentina da antiga diretoria. Fui instituído com diretor interino até mesmo para que o hospital não fechasse as portas. Percebemos diversas irregularidades dentro do hospital e todas foram repassadas ao MP. Quanto a este servidor, que está lá há mais de 20 anos, será desligado imediatamente e estamos colaborando com a Justiça, fornecendo documentos e tudo que precisarem."

O G1 procurou o advogado de defesa do gerente preso, mas, até esta publicação, ninguém foi localizado.

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