'Casal esteve no fórum, em Januária, para tratar do divórcio', diz delegado sobre família morta carbonizada

(foto: Pablo Magalhães/Divulgação)

(G1) A Polícia Civil de Januária afirmou na tarde desta sexta-feira (2) que a mulher morta carbonizada dentro de casa, junto aos filhos, já teria sofrido agressões e ameaças do marido no ano de 2014 e o casal estava em processo de separação. "A tragédia aconteceu um dia depois que o casal esteve no fórum, em Januária, para tratar do divórcio; eles chegaram a realizar uma audiência para a separação”, diz o delegado Farley Guedes.

O crime ocorreu por volta das 6h30 da manhã desta sexta-feira no Bairro Jardim Estela. Adailso Lourenço de Araújo, de 43 anos, que trabalhava como professor da rede municipal, ateou fogo na esposa, Isabel Pereira da Silva, de 38, e nas duas filhas, de 11 e 16 anos, e depois nele mesmo. Os bombeiros encontraram os corpos dentro de um quarto; as vítimas foram trancadas no cômodo e impedidas de sair.

Os vizinhos viram o momento que o foco começou, mas não conseguiram fazer nada para ajudar. "Quando nos deparamos com a fumaça por volta das 6h30 da manhã e, todos os vizinhos se juntaram, alguns pegaram a escada pularam o muro, tentamos abrir a porta mas não conseguimos. Era muito fumaça e calor, e a primeira coisa que fizemos foi desligar o padrão e chamamos o corpo de bombeiros, mas quando eles chegaram todos que estavam na casa 'veio' a óbito", afirma Maria de Fátima.

Segundo a Polícia Civil, foi constatado que Isabel teria sido agredida antes do incêndio ser iniciado na residência, com uma facada no peito. “Os corpos foram encaminhados ao IML de Januária e o médico legista responsável pelo laudo de necropsia confirmou que Isabel possuía uma lesão causada por uma faca. Tudo indica que as vítimas fizeram de tudo para fugir do local e das labaredas”, explicou Farley Guedes.

O inquérito da PC vai investigar o caso. Os corpos das vítimas foram enterrados na tarde desta sexta-feira.

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