AMAMS propõe a construção de barragens com recursos do FNE em Audiência Pública para tratar da crise hídrica


A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene propôs à Comissão Externa da Crise Hídrica da Câmara dos Deputados que os recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) sejam utilizados para a construção de barragens e barramentos na área da seca do Norte de Minas, conforme proposta apresentada pelo secretário-executivo Ronaldo Mota Dias, durante a audiência publica realizada na manhã dessa sexta-feira (06/10), em Montes Claros. Ele explica que o financiamento com taxas atrativas seria repassado ao produtor rural, em linha de crédito que com taxa abaixo de 7% ao ano, para com isso, recuperar o lençol freático da região e amenizar os impactos causados por seis anos de seca. Ronaldo Mota frisou que é melhor construir essas barragens do que perfurar poços, transformando a região em “tabuleiro de pirulitos&rdquo.

Na audiência, Ronaldo Mota Dias representou a AMAMS e depois de assistir a exposição de Wildes Cardoso, da Agência Nacional de Águas, de que a Bacia Hidrográfica do Verde Grande tinha projetos desde a década de 90 que dependiam de liberação de recursos para a construção de 12 barragens e agora, da Barragem de Congonhas. Ronaldo Mota Dias lamentou que passados mais de 20 anos, esse tipo de demanda não tenha saído do papel. Lamentou que o Norte de Minas esteja sem força política, pois com 2.000.000 de eleitores, tinha eleito apenas um deputado, que é a deputada Raquel Muniz. O seu apelo é para o eleitor se conscientizar em 2018 e pensar no Norte de Minas e não apenas nos interesses pessoais.

Na audiência, Wildes Cardoso afirmou que o rio Verde Grande está com a menor vazão em toda sua história, com apenas 100 litros por segundo e lamina d’água de 18 centímetros, nas proximidades da cidade de Verdelândia, quando o comum é ter 64 centímetros e 1.000 litros de vazão por segundo. Ele alertou que o risco de uma tragédia na Barragem do Bico da Pedra, em Janaúba, é muito grande, pois se não ocorrer chuvas até abril de 2018, a irrigação para a fruticultura terá que ser suspensa, causando desemprego e caos econômico e social.

No evento, Laurindo Santana, presidente da Loja Maçônica Deus, União e Trabalho, leu o manifesto do Grande Oriente do Brasil-Minas Gerais, que cobra a retomada das obras das barragens de Berizal e Jequitaí e ainda o inicio das obras da Barragem de Congonhas. O manifesto cobrou providências imediatas em busca de uma solução para a seca no Norte de Minas e mais especificamente no racionamento de água em Montes Claros. O superintendente da Copasa no Norte de Minas, Roberto Luiz Botelho informou que foram iniciados os estudos para bombear a água do rio São Francisco, na cidade de Ibiaí, em investimento de R$ 188 milhões e uma adutora de mais 90 quilômetros, que se somarão aos 54 quilômetros da adutora do Pacuí.

Ascom | AMAMS

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