Apicultura cresce no município de Francisco Sá

O produtor Adilson com suas colmeias: atividade em ascensão(Foto: Vicente Alberto)

(Por Vicente Alberto) Até há poucos anos conhecido como a bacia leiteira do Norte de Minas e detentor do maior rebanho bovino da região, o município de Francisco Sá perdeu milhares de cabeças de gado, vendidas para outras regiões, em decorrência de secas contínuas. Por outro lado, a criação de pequenos animais, como aves e suínos, tem aumentado. E, nos últimos anos, a apicultura também experimenta uma expansão, se tornando uma alternativa de renda para o campo. Há cerca de um ano e meio foi criada a Associação Municipal de Apicultores, que busca por melhorias na produção e comercialização.

O tesoureiro da associação, Adilson Durães, produtor com 33 colmeias, se mostra otimista com a atividade, principalmente agora, em que conseguiram da Codevasf a doação de diversos equipamentos para beneficiamento do mel, como centrifugas elétricas, mesas desoperculadoras, tanques decantadores, dentre outros. “A ideia é construir uma sala de beneficiamento para uso comunitário, facilitando o trabalho e melhorando o produto final”, explica. Outra meta da associação é adquirir certificação sanitária para atender a outros mercados, como o Programa de Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Adilson é exemplo do crescimento da atividade no município. Agricultor familiar em um sítio a cerca de três quilômetros do Distrito de Catuni, ele tinha como renda pequenas lavouras e produção de rapadura. Ganhou as primeiras caixas para abelhas da Codevasf e foi se especializando através de cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). No ano passado beneficiou 600 quilos de mel, vendidos na quase totalidade para mercearias de Francisco Sá, com embalagens apropriadas e rotuladas. “O mel desta região é muito procurado porque a florada é principalmente de aroeira, que produz um mel escuro, rico em ferro”, diz.

Outro ponto levantado por Adilson é que o apicultor é antes do tudo um preservador da natureza. “Para a nossa atividade necessitamos da vegetação nativa em bom estado, portanto temos que preservá-la e até recompor o que já foi destruído”, ressalta.

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