Monte Azul decide criar segunda APAC na Serra Geral
Na reunião de Monte Azul, a Prefeitura assumiu o compromisso de doar o terreno onde será construída a APAC, enquanto a classe empresarial anunciou que se dispõe a ajudar na obra, mesmo com a crise econômica. O juiz da comarca e o promotor de Justiça se dispuseram a apoiar a campanha e anunciaram que auxiliarão nos trabalhos da APAC. Maycol Amorim, de Montes Claros, deu seu depoimento de sua experiência de APAC. A Pastoral Carcerária foi o órgão que puxou o debate para implementação do método na cidade.
A assistente social Ângela Dias Nunes salienta que o modelo APAC está revolucionando o sistema prisional brasileiro, com prisões sem violência, onde a prioridade é a recuperação física, psicológica, social e espiritual dos presos, que são chamados pelo nome e eles compartilham a gestão do espaço apaqueano.
“Após longas estadias em prisões regulares onde a superlotação, violência e tratamento desumano são abundantes, muitos condenados chegam a APAC e encontram uma realidade diferente: paredes pintadas de branco e céu azul, ordem e limpeza, boa comida e, acima de tudo, um tratamento humano, em que propõem um itinerário para recuperar a sua dignidade enterrada sob um mar de humilhação e maus costumes” – explica a assistente social, que tem a experiência de ser criadora da APAC de Montes Claros.
No Norte de Minas existem três APACs em funcionamento: Grão Mogol, Januária e Pirapora. Na cidade de Montes Claros, foi criada em 2009 e chegou a receber R$ 1,9 milhão, mas devolveu o dinheiro no inicio desse ano e agora espera a devolução do dinheiro para iniciar as obras. Nos centros de reintegração social geridos pela APAC as normas são cumpridas rigorosamente. Não há atmosfera opressiva, mas o recuperando nunca está ocioso: trabalha e estuda, tudo de acordo com um cronograma rigoroso. Em todos esses anos nunca foram registrados motins ou distúrbios, ao contrário do que acontece nas prisões normais.
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