Em Francisco Sá, ação de criminosos gera transtornos a usuários de banco

Interior do banco ficou danificado

A explosão de caixas eletrônicos do Banco do Brasil em Francisco Sá (MG), ocorrido no início deste mês, tem gerado transtornos aos moradores. O problema é que a única agência do banco na cidade não está realizando transações que envolvam dinheiro, por medidas de segurança.

Com isso, muitos trabalhadores que recebem os salários pela a agência não conseguem sacar o dinheiro desde o dia da explosão. A professora Édila Marta Soares Oliveira Bicalho é uma das pessoas que estão quebrando a cabeça para fechar as contas deste mês.

“Eu tive que ir a Montes Claros, mas não consegui em uma agência, tive de ir em outra agência e fiquei a tarde toda na fila. Sem contar os riscos que corremos na BR-251, que todos conhecem os perigos que ela oferece, e os gastos com alimentação e passagem; este dinheiro seria para pagar uma outra conta”, lamenta a professora.

Cerca de 30% dos servidores da prefeitura municipal recebem pelo Banco do Brasil e sofrem com o mesmo problema; são cerca de 300 servidores municipais, além do próprio município, que recebe alguns repasses pela agência.

“Muitos de nossos recursos são depositados nestas contas. [Algumas transações] estão sendo feitas por meio eletrônicos mesmo. Uma ou outra situação estamos chamando na porta e tentando atendimento”, explica o secretário municipal de administração e finanças, Isaac Batista Neto.

Parte do problema tem sido suprido pela agência dos Correios na cidade. Mas o aumento desta demanda prejudicou os demais serviços oferecidos, segundo usuários.

O problema se estende aos comerciantes da cidade. A empresária Neliane Prado está à frente de uma loja que possui mais de 50 anos. Ela comenta que a conta corporativa da empresa sempre foi no Banco do Brasil e diz que consegue pagar as contas da empresa em agências em Montes Claros, mas lamenta que as compras realizadas pelos clientes no crediário não estão em dia. “Fazemos vendas a prazo e tem o dia de pagar. Então tivemos o transtorno de vencimentos; a gente não está recebendo em dia”.

Na ação criminosa, a porta giratória do banco ficou destruída. A gerência da agência informou que não pode receber clientes enquanto a porta não estiver funcionando. Além disso, parte da estrutura do prédio ficou comprometida.

O governo de Minas afirma que a cada dois dias uma ocorrência envolvendo este tipo de crime é registrado no estado. As regiões que mais sofrem com as explosões são o Norte e Vale do Jequitinhonha, segundo o delegado Renato Nunes. Ele diz que além dos caixas eletrônicos, os criminosos estão explodindo também os cofres das agências.

“Eles sitiam as cidades, sitiam o quartel, uma parte da equipe fica em frente ao quartel e delegacia efetuando disparos; assim os policiais ficam aquartelados e não podem sair. Nisso, a outra parte entra no banco e explodem os caixas eletrônicos. Este tipo de ataque está acontecendo mais aqui no norte por causa da proximidade com o estado do nordeste. Essas quadrilhas são, em sua maioria, com os integrantes dos estados do nordeste”, diz.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

Fonte: InterTV e PM

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