PMs de sete cidades fazem buscas por suspeito de matar criança em MG

Rayane foi morta quando seguia para a escola

Jairo Lopes fugiu de um presídio
de Montes Claros em 2012
(G1) Equipes da Polícia Militar das cidades de Augusto de Lima, Bocaiuva, Buenópolis, Corinto, Curvelo, Engenheiro Navarro e Joaquim Felício fazem buscas para tentar localizar Jairo Lopes, principal suspeito de abusar e matar Rayane Aparecida Cândida, de nove anos, na zona rural de Buenópolis (MG). O helicóptero da PM e cães farejadores também estão sendo utilizados.
A última informação da PM é de que Jairo Lopes teria seguido em direção a Engenheiro Dolabela, Distrito de Bocaiuva. Antes disso, ele pediu água e comida para uma moradora de Campo Alegre, na zona rural de Buenópolis. A mulher disse que não tinha e ele acabou pegando farinha e açúcar para comer. O suspeito chegou a abandonar uma blusa de frio que estava usando e que foi encontrada no meio do mato.
De acordo com a PM, Jairo fugiu de um presídio de Montes Claros (MG) em 2012, ele matou uma mulher em 1995 e cometeu roubos e um estupro em 2001. Assim que o corpo de Rayane foi encontrado, o homem fugiu da casa onde morava com a companheira para um matagal.
A PM pede para que a população entre em contato pelos telefones 190 ou 181 em caso de informações sobre o paradeiro de Jairo.

Entenda o caso

“O corpo estava em um local de cerrado, fechado, coberto e com sinais visíveis de violência, tanto física quanto sexual”, falou o tenente Valdecir Dias, no dia em que Rayane foi encontrada.
As buscas pela menina começaram depois que ela não retornou para casa no horário de costume, por volta das 14h30, na quarta-feira (1º). Sebastião da Cruz Costa, pai da menina, estranhou e descobriu que ela não havia ido à escola. O corpo foi encontrado na quinta (2).
De acordo com a PM, durante as buscas o comportamento de Jairo Lopes era estranho, mas não levantava suspeitas. “Até então não havíamos relacionado o comportamento arredio dele com a autoria do crime. Só associamos quando encontramos as botas dele sujas de sangue às margens do rio que fica na fazenda da mulher dele”, afirmou o tenente.
Desde então, os policiais fazem buscas pelo suspeito na região, que tem locais de difícil acesso e área de mata fechada.

Falsa identidade
A companheira de Jairo, Cícera Maria Soares, foi conduzida pela polícia e disse que ele se chamava Adauto, horas depois ela afirmou que ele também usava o nome de Jairo. Os policiais fizeram levantamentos e mostraram uma foto dele, do Sistema de Defesa Social, onde consta a condição de foragido da Justiça.
“Conheci ele no local onde eu trabalhava. Nos envolvemos e, em poucos meses, ele pediu para passar uns dias na minha casa. A partir daí, ele começou a morar comigo e estávamos juntos há dois anos. Tenho uma filha e nunca tive problema nenhum com ele. Ele dizia não ter documentos, que estavam guardados na casa da irmã em Montes Claros. Também não gostava de tirar fotos, de ir a cidade, e sempre notei uma estranheza quando algum carro de polícia passava”, disse Cícera.

Crime pode ter sido premeditado
Os familiares de Rayane não conhecia Jairo, ele esteve na casa deles há pouco mais de uma semana, ele foi até o local para pedir emprego. A menina morava com a avó e o pai, a mãe dela morreu há seis meses em decorrência de um problema cardíaco.
“Nunca tivemos contato com aquele homem. Minha filha era estudiosa, adorava brincar de boneca, não é justo o que fizeram com ela. Isso não pode ficar assim. Só quero que a justiça seja feita e que ele pague pelo que fez. É muito difícil conformar”, desabafou o pai da garota.

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