MP apura contrato entre firma de pai de Aécio Neves e Epamig em MG

Contrato feito entre empresa do pai de Aécio Neves (PSDB-MG)
 e Epamig é investigado  (Foto: Evaristo Sá / AFP)
O Ministério Público de Minas Gerais (MP) investiga a compra de 2.637 sacas de sementes da Perfil Agropecuária e Florestal no valor de R$ 150 mil feita pelo governo de Minas Gerais em 2010, na gestão de Aécio Neves (PSDB). À época, a empresa, cuja fazenda fica em Montezuma, na Região Norte do estado, pertencia a Aécio Ferreira da Cunha, pai do então governador. O senador Aécio Neves informou, em nota, que o contrato é regular.
Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), um termo de parceira técnica foi firmado no dia 19 de março de 2010, 12 dias antes de Aécio Neves renunciar ao cargo para disputar eleições no Senado Federal. O pagamento foi feito em 21 de dezembro daquele ano, dois meses após a morte do pai do tucano. Este contrato foi o único firmado entre a Epamig e a Perfil Agropecuária e Florestal.
Segundo informações da Receita Federal, atualmente, a Perfil pertence a Aécio Neves e à irmã, Andréa Neves.
Nesta quinta-feira (9), o jornal “O Tempo” informou que o deputado estadual Rogério Correia (PT) havia ido ao Ministério Público Estadual (MP) com um pedido de investigação sobre o caso. As informações foram confirmadas pelo G1 e pela TV Globo.
O MP informou que a denúncia foi protocolada nesta sexta-feira (10). De acordo com o promotor Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, o contrato já vinha sendo investigado pelo órgão antes da denúncia do parlamentar.
De acordo com a Epamig, as sementes adquiridas foram distribuídas em municípios dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, além do Norte de Minas. O objetivo era doar o produto a pequenos produtores rurais, especialmente das regiões mais pobres do Estado.
Em nota, o senador informou que “o termo de parceria firmado entre a Epamig e a Perfil Agropecuária e Florestal, empresa fundada há mais de 40 anos, foi absolutamente regular”. Ele disse ainda que o termo de parceria técnica “ocorreu nos mesmos moldes de centenas de outros firmados pela empresa, sem qualquer interferência do Governo do Estado”.
A nota fala também que o valor final foi de R$ 150.337,50. “Desse valor, como previsto em contrato, 15% foram pagos à Epamig pela assistência técnica fornecida, seguindo integralmente o que determinava o contrato”.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

Fonte: G1

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