Estado anuncia pagamento do transporte escolar que estava atrasado

Um ônibus do transporte escolar de Francisco Sá fez o protesto dos municípios do Norte de Minas, ontem de manhã, quando parou em frente à Superintendência Regional de Ensino e denunciou os atrasos das parcelas de abril e maio. O veículo percorreu os 45 quilômetros de distancia trazendo os motoristas das rotas do transporte escolar, além de pais e mães de alunos da rede estadual. Outros municípios que prometeram participar do protesto deixaram de comparecer, mas foram beneficiados, pois o Estado anunciou que ainda nesta semana deverá pagar a terceira parcela e na próxima semana, a parcela de maio.
O prefeito Denilson Rodrigues Silveira, de Francisco Sá, ficou surpreso com a ausência dos outros municípios. Ele explicou que teve de suspender o transporte escolar na quinta-feira passada por incapacidade de pagar os R$ 200 mil por mês pela prestação de serviços. O Estado repassa R$ 153 mil por mês, mas pagou apenas duas das 10 parcelas deste ano, e está atrasado com os meses de abril e maio. O superintendente regional de ensino, José Gomes Filho, entrou em contato com o superintendente de Planejamento e Finanças da Secretaria Estadual de Educação, Silas Fagundes de Carvalho, que anunciou a escala de pagamentos.
O motorista Irleno Rodrigues, que explora duas rotas do transporte escolar, afirma que diante da garantia do pagamento dos meses de abril e maio, ainda amanhã retomará o transporte dos alunos. Diariamente, percorre 104 quilômetros em duas rotas, para levar os 30 alunos da rede estadual. Segundo o motorista, com a crise financeira atual sequer dá para aguentar a chegada do pagamento para cobrir as despesas com combustível, peças e pneus. Ele veio acompanhado de outros seis motoristas.
O lavrador Gilson Moreira de Aquino, 49 anos, reside na Fazenda Santa Rita e seus dois filhos tem de viajar 46 quilômetros por dia para estudarem na cidade de Francisco Sá. Ele afirma que a paralisação do transporte escolar o preocupou, pois espera dar melhor condição de vida para os seus filhos, já que não teve chance de estudar. Ele acordou bem cedo e foi para a cidade. Sua vizinha Geane também veio de Santa Rita, preocupada com a situação do filho que estava sem estudar.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

Fonte: Gazeta Norte Mineira

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