Em Espinosa Setor têxtil atropela crise financeira e expande negócios

Setor emprega quase 600 pessoas na cidade
(Foto: Reprodução/Inter TV)
(G1) Com pouco mais de 32 mil habitantes, o município de Espinosa, no extremo Norte de Minas, vive um momento de expansão. Mesmo em meio à crise financeira enfrentada em todo o país, o setor têxtil apresenta bons resultados. Somente nos últimos 12 meses, 10 pequenas fábricas foram criadas no município, segundo a Câmara de Dirigentes de Lojistas (CDL).
Atualmente a cidade possui 25 pequenas fábricas, também chamadas de "facções". Após uma parceria entre a Associação Comercial e Empresarial (ACE), CDL, Sebrae e Fiemg, atualmente as "facções" prestam serviços para grandes confecções e são procuradas até mesmo por empresas nacionais especializadas em roupas.
"O setor têxtil em Espinosa passou por momentos decisivos nos últimos anos. Muitas 'facções' trabalhavam para suprir a demanda de apenas um ou dois clientes, ficando à mercê de uma relação conflituosa e arriscada. Hoje, o setor movimenta, sozinho, mais da metade da economia local, emprega dezenas de pessoas e estabeleceu bons negócios com grandes empresas de vestuário”, explica a presidente da ACE/CDL, Emanuela Almeida Pereira.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Espinosa, o setor têxtil emprega diretamente cerca de 570 pessoas, envolvendo as 25 facções e outras quatro grandes fábricas.
“Enquanto vemos municípios com dificuldades até para manterem escolas e hospitais abertos e com altos índices de desemprego, Espinosa continua segurando a onda e se mantendo economicamente viva, apesar das dificuldades”, afirma Emanuela Almeida.
O empresário Alankard Verissimo Vieira, de 38 anos, é um exemplo do que acontece na cidade norte-mineira. Há dez anos ele apostou no mercado de roupas infantis masculinas e hoje emprega 11 funcionários diretos e 90 indiretos.
“Conversando com um amigo, falei da vontade de empreender num novo negócio. Assim, surgiu essa ideia de fabricar camisas infantis masculinas. No início tivemos muitas dificuldades, porque este segmento de camisaria infantil não tinha muita demanda de mercado, mas com o passar do tempo esse cenário foi mudando”, explica o empresário.


Bairro Industrial
A cidade aposta no crescimento do setor têxtil e investe na criação de um Distrito Industrial. Serão 21 galpões; quatro com área de 750 metros quadrados e outros 17 com 250 metros quadrados.
O secretário de desenvolvimento econômico do município, Alcides Júnior, afirma que todos os galpões serão doados para as facções e empresas locais, mediante edital. Notícia que deixou os empresários ainda mais confiantes nos negócios. "O projeto do Bairro Industrial é um avanço. Com certeza seremos vistos de maneira diferente pelo mercado externo e, com a aquisição dos galpões, os custos financeiros das facções de pequeno porte serão reduzidos”, afirma Alankard Verissimo.

Especialização

O município é referência para outras cidades do estado. Com isso, a Agência de Desenvolvimento da Serra Geral (Adeseg), irá realizar em Espinosa o 3º Circuito de Oportunidades da Serra Geral (Conseg) com o tema “Negócios e oportunidades da indústria da moda”. O evento acontece na próxima sexta-feira (1º).
De acordo com a organização, o evento tem o objetivo de “fortalecer a cadeia produtiva da moda em Espinosa e região, através do fomento ao network e às alianças corporativas entre empresas da região que tenham interesse em ser clientes, fornecedoras ou parcerias das facções e confecções de Espinosa”.

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