TRF1 concede prisão domiciliar ao prefeito afastado de Montes Claros

Ruy Muniz no pátio da Polícia Federal no dia da prisão
(G1) O Tribunal Regional Federal da 1ª Região confirmou nesta quinta-feira (19) que o desembargador Ney Bello concedeu a prisão domiciliar ao prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB). De acordo como TRF1, Ruy Muniz terá de pagar fiança de R$ 500 mil, além de ser monitorado por meio de uma tornozeleira eletrônica.
A defesa de Muniz confirmou que foi informada sobre a fiança, mas espera ser notificada para que seja depositada a quantia estipulada. “Assim como existe a burocracia para a soltura, existe também para que se faça este depósito”, explicou o advogado Eugênio Pacelli.
O TRF afirmou também que, durante a prisão domiciliar, o prefeito afastado terá de “entregar o passaporte, não se comunicar com nenhuma pessoa ligada à administração municipal, solicitar à Justiça autorização prévia para realizar consultas ou exames médicos, e acompanhar os atos do processo”.
De acordo com a assessoria de imprensa de Muniz, a “defesa do Prefeito confia na Justiça e no Tribunal Regional Federal. Sabemos que todos os fatos serão esclarecidos muito mais brevemente do que se espera”.

Comissão do PSB

O PSB montou uma comissão, após a prisão de Ruy Muniz, para acompanhar o processo. Nesta quinta-feira, integrantes desta comissão estiveram no hospital para colher o depoimento de Muniz sobre os fatos que motivaram a prisão.
“Nós estivemos aqui e escutamos a versão dele sobre os fatos. O partido tomou o cuidado de analisar todo o processo para não tomar uma decisão precipitada e ele se tornar inelegível”, explica o presidente da comissão, deputado Roberto Andrade.
De acordo com o presidente, outros envolvidos no processo também já foram ouvidos pela comissão. “Ao final vamos fazer um relatório e entregar ao presidente do partido para que se decida o futuro do prefeito dentro do PSB”. O parecer final da comissão deve ser finalizado em até 40 dias.

Quadro clínico
Os integrantes da comissão ficaram dentro do hospital por cerca de uma hora. Eles afirmam que, durante a conversa, o prefeito afastado se mostrou tenso e ansioso em expressar sua versão sobre a prisão. “Em alguns momentos isso nos preocupou, pois ele queria falar tudo neste tempo que estávamos lá dentro. Percebemos que a pressão teve alguma alteração”, explica o presidente da comissão.

Prisão do Prefeito
Ruy Muniz foi preso dia 18 de abril durante a operação “Máscara da Sanidade II – Sabotadores da Saúde”, um dia após a esposa e deputada federal Raquel Muniz dizer na votação do processo de impeachment que o marido é exemplo para o Brasil.
A investigação aponta que o prefeito de Montes Claros é suspeito de prejudicar o funcionamento de hospitais públicos da cidade para favorecer um hospital privado, que é gerido pela sua família. Ruy está internado desde o dia 10 de maio, após sofrer uma crise hipertensiva. A intituição hospitalar não divulga o estado de saúde do paciente.
A secretária municipal de saúde, Ana Paula Nascimento, também foi presa na operação da Polícia Federal. Ela estava presa preventivamente no Presídio Alvorada, mas desde o dia 11 deste mês foi beneficiada com a liberdade provisória.

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