Greve obriga universidades federais a adiar início das aulas em Minas Gerais

(G1) As aulas em universidades e institutos federais de Minas Gerais foram adiadas por conta da greve dos servidores técnico-administrativos e dos professores. O Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino (Sindifes) informou que a greve começou no dia 28 de maio.
Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), alunos veteranos de graduação devem enviar, por meio do Sistema Acadêmico (Siga), o requerimento de matrícula de 8 a 12 de agosto. O resultado da primeira fase será divulgado no dia 16.
A segunda fase do processo será realizada nos dias 18 e 19, com o envio do requerimento de inclusão de novas atividades em turmas com vagas.
A terceira fase de matrícula – em atividades de formação livre – será realizada durante a primeira semana de aulas, nos dias 25 e 26, e terá os resultados divulgados no dia 28
O Conselho Universitário anunciou que o segundo semestre letivo de 2015 para os 33.242 estudantes dos 76 cursos de graduação começará no dia 24 de agosto, como previsto no calendário acadêmico.
Já a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), por meio da Pró-Reitoria de Graduação, informou que, em razão das greves dos professores e dos servidores técnico-administrativos, adiou, por tempo indeterminado, o início das aulas dos cursos presenciais de graduação, previsto para começar nesta segunda.
Segundo a Ufop, a estimativa sobre o número de alunos sem aulas, chega a 12 mil matriculados na graduação presencial, sendo 8 mil no Campus de Ouro Preto, 2,7 mil em Mariana e 1,3 mil no campus de João Monlevade.
A universidade disse ainda que praticamente todos os setores estão parados. Setores que prestam serviços essenciais estão funcionando parcialmente como é o caso do setor onde as matrículas são processadas.
Em relação às matrículas dos calouros selecionados pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), embora tenha havido impactos da greve dos técnico-administrativos, o processo está sendo realizado e continuará até o total preenchimento das vagas disponibilizadas. A verificação da documentação dos alunos ingressantes por politica de ação afirmativa será feita ao final da greve, bem como outros procedimentos. Espera-se a entrada de 1,3 mil calouros
Quanto às matrículas dos veteranos, em virtude da não finalização do lançamento das disciplinas no sistema de controle acadêmico, o processo está prejudicado pela greve. Assim, o processamento destas matrículas, que estava previsto para esta semana, não deverá ser realizado.
As aulas também foram adiadas na maioria dos campi do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG). As atividades foram suspensas, o que deve impactar na retomada das aulas do segundo semestre. Ainda segundo o instituto, por enquanto não é possível estimar a quantidade de alunos afetados.
A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri (UFVJM) que tem campi nas cidades de Diamantina, Teófilo Otoni, Unaí e Janaúba também adiou o retorno às aulas para 10 de agosto.
Segundo a Pró-Reitoria de Graduação da UFVJM, não há previsão para que as atividades sejam retomadas. O campus de Teófilo Otoni tem 123 professores e 75 servidores técnico-administrativos. Ele oferece 600 vagas em dez cursos de graduação.
Os docentes aderiram à greve nacional em junho. Entre as reivindicações estão melhores condições de trabalho e estrutura das universidades; revisão da política salarial e reajuste salarial.
No Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), o início das aulas foi remanejado para o dia 10 de agosto. Em um acordo com o Sindifes ficou definido que as matrículas terão início nesta segunda.
O adiamento do começo das aulas afeta as unidades de Belo Horizonte, Curvelo, Divinópolis e Varginha. Nas unidades de Araxá, Contagem, Leopoldina, Nepomuceno e Timóteo as aulas começam normalmente nesta segunda.

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