Yuji tem capacidade para administrar Janaúba?

Yuji Yamada
Uma pergunta difícil de responder. Ele é a pessoa mais acertada para analisar essa questão em todos os planos.
Com o discurso (direcionado pelos agentes de campanha) de que queria ajudar Janaúba, numa demonstração de gratidão ao município e às pessoas do lugar onde conseguiu destaque econômico-financeiro (se tornando, disparado o homem mais rico da cidade, integrando a lista dos mais poderosos de Minas Gerais) o empresário Yuji Yamada pavimentou a sua eleição a prefeito de Janaúba.
Porém, na prática, o prefeito não consegue fazer aquilo que ele mesmo se propôs a desempenhar. Em contrapartida, está conseguindo desmantelar a imagem de bom administrador que lhe foi atribuída pela construção de grande patrimônio através do agronegócio. Os valores, como: bom gestor, determinado, homem de visão, ousado, ético, organizado, comprometido, líder conquistados ao longo de sua vida e comentado pelos quatro cantos da região e do país, estão sendo desconstruídos agora no cargo de prefeito de Janaúba.
Bastou apenas dois anos – metade do governo, para Yamada desfigurar uma imagem erguida com muita luta ao longo de mais de 50 anos.
Até o momento, confere-se à conta do prefeito Yuji Yamada, o conceito de pior administrador que já passou pelo cargo do executivo de Janaúba. A imagem de Yamada está diretamente relacionada a um gestor insuficiente, sem poder, fraco, sem determinação, sem objetividade, descompromissado, sem noção, desrespeitoso, e até patético, culminando em uma gestão anêmica, sem direção e sem perspectiva de melhoras, isso virou coro na cidade.
Apenas o prefeito que foi blindado por meia dúzia de bajuladores não consegue enxergar a verdade.

“Pablo de Melo Notícias” conversou com vários diretores de empresas, proprietários de comércio e consultores e juntou uma série de critérios usados em grandes empresas que podem inspirar no conceito de avaliação de uma gestão pública por parte da população.
Em primeiro momento, é bom sublinhar que a comparação entre a gestão privada e a pública não é absurda. Em estrutura com 3 mil servidores e orçamento de R$ 103 milhões ano, a prefeitura de Janaúba se assemelha a muitas empresas da região em matéria de movimentação financeira. A clientela dessa “empresa” é de 70 mil pessoas (IBGE, 2014 – estimativa) – a população da cidade, que (pelo menos deveria) se beneficiar das melhorias feitas pelo prefeito e sua equipe de governo. Uma das diferenças é que a empresa privada busca lucro, enquanto na pública o foco é (ou deveria ser) o bem-estar da população. Entretanto, alguns conceitos devem ser destacados com mais força na gestão pública, como: articulação política, poder de liderança e dinamismo. Atributos que não conferem ao atual prefeito, pelo menos até o momento.

Fica difícil acreditar em uma melhora, o prefeito não junta os conhecimentos fundamentais para fazer a máquina andar. Ele não aprendeu até agora as siglas que permeiam a administração pública (acompanhe algumas), não é capaz de ir sozinho a uma entrevista com a imprensa, não ‘participa’ de debates temáticos (até vai, mas tem manifestação bizarra), não fala nos encontros em que o destino de Janaúba é debatido (quando fala dá vexame), não participa de reunião aberta com os vereadores. Quando é convidado a um evento desse gênero o prefeito finge que não é com ele, a assessoria pede para amaciar, solicita pauta antes, manda representante e não resolve nada.
A pergunta é: como é que esse prefeito vai representar e defender Janaúba e seus 70 mil habitantes junto aos governos federal e estadual, órgãos públicos, empresários, agentes financeiros e outros? Quando se sabe que existem coisas na administração pública que são indelegáveis. Ele não articula junto aos meios políticos

Do mesmo lado, conspira contra um bom resultado o fato de o prefeito se afastar das lideranças políticas que poderiam lhe auxiliar a melhorar a administração. Ele é péssimo articulador e a política sem articulação é um fiasco desde antes de Maquiavel.
Nos debates, nas conversas o prefeito Yuji fica alheio às siglas, ele não entende metade delas, isso é fato, aí fica difícil, muito difícil, impossível governar. Coisa que é pedestre para maioria dos prefeitos, que sabe no ato da conversa e se inteira sobre o assunto, no exato momento. Aí entra o diálogo e posteriormente as conquistas. Mas, no caso de Janaúba não acontece nem mesmo o entendimento por parte do gestor, muito menos as conquistas. Piora as coisas o fato de existir secretário do prefeito do mesmo nível. Existe entre eles, assim como o prefeito, que não sabe a metade das siglas que seguem.


EaD (Ensino a Distância) FMP (Fundo de Participação dos Municípios), LOA (Lei Orçamentária Anual), PPA (Plano Plurianual), LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), CF (Constituição Federal), UBS (Unidade Básica de Saúde), PSF (Programa de Saúde da Família), EST (Estratégia Saúde da Família), CONASS (Conselho Nacional de Secretarias de Saúde), SUS (Sistema Único de Saúde) , PRO-HOSP (Programa de Fortalecimento e Melhoria da Qualidade dos Hospitais), ACS (Agente Comunitário de Saúde), AIH (Autorização de Internação Hospitalar), PDI (Plano Diretor de Regularização), PNAD (pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PDI ( Plano Diretor de Investimentos) PDR (Plano Diretor de Regionalização), IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), FGV (Fundação Getúlio Vargas), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), MEC – Ministério da Educação INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), IES (Instituição de Educação Superior), ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) EJA (Educação de Jovens e Adultos), PROUNI (Programa Universidade para Todos IGC (Índice Geral de Cursos), ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), PROVAB (Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica) e muitas outras. No meio público, ou melhor, em qualquer meio para dinamizar os acontecimentos é praxe utilizar-se de abreviaturas.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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