PF e MPMG realiza ação para desarticular organização criminosa em Jaíba

A operação consiste no cumprimento simultâneo de 43 mandados judiciais, sendo 13 Mandados de Busca e Apreensão, 23 Mandados de Sequestro de Valores, Bens Móveis e Imóveis, 04 Mandados de Prisão Temporária, 03 conduções coercitivas, além do afastamento cautelar das funções do prefeito municipal, do vice-prefeito, de um vereador, do secretário de administração e do pregoeiro oficial do município.


(Por Gissele Niza) A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público de Minas Gerais, deflagrou na manhã de hoje, 03 de dezembro, a OPERAÇÃO AGOSTO[1], com o objetivo de desarticular organização criminosa que desviava recursos públicos do município de Jaíba/MG, no Norte de Minas, bem como ocultava a origem e propriedade dos bens adquiridos com as verbas desviadas.
A operação consiste no cumprimento simultâneo de 43 mandados judiciais, sendo 13 Mandados de Busca e Apreensão, 23 Mandados de Sequestro de Valores, Bens Móveis e Imóveis, 04 Mandados de Prisão Temporária, 03 conduções coercitivas, além do afastamento cautelar das funções do prefeito municipal, do vice-prefeito, de um vereador, do secretário de administração e do pregoeiro oficial do município. Ainda foram determinados o afastamento do sigilo bancário e fiscal dos investigados, bem como a indisponibilidade dos bens das pessoas físicas e jurídicas envolvidas.
A quadrilha, formada por empresários, servidores públicos e agentes políticos, atuantes principalmente no município de Jaíba/MG, fraudava processos licitatórios destinados ao transporte escolar, direcionando as contratações às empresas e/ou pessoas ligadas à organização criminosa. Com a descoberta do esquema criminoso, sucessivas foram as tentativas de cooptação de vereadores do município de Jaíba/MG, com ofertas que chegariam a milhares de reais, a fim de se evitar o processo de cassação do prefeito municipal.
As verbas irregularmente desviadas eram imediatamente aplicadas em bens, móveis e imóveis, cujas propriedades eram ocultadas com participação de outros empresários e “laranjas” ligados aos principais membros da organização criminosa.
Os presos responderão, na medida de suas participações, por crimes contra a administração pública, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, dentre outros. Se condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam 30 anos.
[1] Agosto é referência a um livro de Rubem Fonseca publicado em 1990 no Brasil. O romance caracteriza-se principalmente por se tratar de uma narrativa de cunho policial, de contar com um grande número de personagens que possuem ligações entre si, além do clima de mistério e investigação presente do início ao final da obra. Os trabalhos iniciaram em Agosto/2013 mês que, sabidamente, assola a vida sofrida do sertanejo com o calor intenso e a seca estafante. Agrava-se, no caso concreto, com a corrupção pública que, de modo incessante, ainda teima em persistir no Norte de Minas Gerais, não obstante as inúmeras ações realizadas.

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