Homem mata ex-namorada e outras três pessoas da família em Januária

José Eustáquio foi preso a 50 metros do local do crime
Quatro pessoas de uma mesma família foram assassinadas em Januária, no Norte de Minas Gerais, na madrugada desta sexta-feira (4). O principal suspeito é José Eustáquio de Oliveira, de 27 anos, ex-namorado de Jayne Ariadne Vieira, de 16 anos. Além da garota, foram mortos a mãe dela, Rosilene Vieira, de 35 anos, o padrasto, Daniel Pereira, de 20, e o irmão, Leonardo Vieira, de 14 anos.
José Eustáquio foi preso a 50 metros do local onde os crimes foram cometidos, uma casa no Centro da cidade. Para a polícia, o histórico de vida do suspeito, sem passagens pela polícia, afirma ainda mais a hipótese de crime passional.
"Recebemos uma ligação de que estava ocorrendo uma briga na rua Barão de São Romão, quando chegamos ao local encontramos duas pessoas caídas fora da casa, um delas já morta. Dentro da casa havia mais duas vítimas", conta Frederico Rocha, tenente da Polícia Militar.
Segundo as informações, o primeiro a ser morto foi o padastro de Jayne, Daniel, que foi encontrado dentro da casa com o irmão dela, Leonardo, que também foi morto. Os dois fizeram aniversários na quarta (2) e quinta (3), uma festa estava programada para o fim de semana.
Do lado de fora da residência, a polícia encontrou a garota e a mãe dela. Apenas a jovem estava viva, ela chegou a ser socorrida e levada para o hospital, mas não resistiu.

Suspeito não aceitava fim do relacionamento
De acordo com uma parente das vítimas, que não quis se identificar, Eustáquio e Jayne namoraram por dois anos. "Durante o relacionamento, ele a agredia e, após o término da relação, a garota sofria ameaças constantes. Ela não acionou a polícia porque tinha medo de morrer", diz.
Ainda de acordo com a mulher, Eustáquio não se conformava com o fim do namoro. "Ele a esperava na porta da escola, mandava mensagens no celular dela e tentava comprá-la com presentes, mas ela não queria voltar, estava grávida de dois meses de outro rapaz".
O atual companheiro de Jayne é conhecido por "Dunga". Ele teria dormido na casa e foi embora pouco tempo antes de Eustáquio cometer os assassinatos. Após ser preso o suspeito informou para a polícia que a intenção era matar Dunga, com o argumento de que teria sofrido ameaças do atual companheiro da ex-namorada.
Em uma mochila encontrada com Eustáquio havia um papel com informações sobre a intenção de cometer o crime. Mas ao chegar na casa da ex-namorada, ele teria discutido com o padrasto do garoto, que o agrediu com um murro no rosto. Após esse momento, o suspeito afirma ainda que não se lembra de mais nada.
"Ele nos informou que estava fazendo tratamento contra depressão, e que no dia dos assassinatos teria tomado um dose tripla de remédio, por isso não se recorda de nada do que fez", explica o delegado de homicídios, Eujécio Coutrim.
Ainda de acordo com o delegado, Eustáquio disse também que não se lembra onde teria deixado a arma utilizada nos crimes, afirmou apenas que seria um punhal, adquirido recentemente.
O ajudante geral, Reginaldo Lima, conhecia Eustáquio e afirmou estar surpreso com os assassinatos. "Ele era uma pessoa tranquila, trabalhava como gari, era muito calado. Estou chocado com as mortes, é a primeira vez que isso acontece na cidade."


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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