Polícia ainda procura pela mãe do bebê deixado em terreno de Janaúba

(G1) A Polícia Civil de Janaúba ainda procura pela mãe do bebê de três dias, que foi deixado no terreno da antiga estação ferroviária de Janaúba, no dia 18 de julho. O menino foi encontrado pelo vigia Markbianno Paulo da Silva, que fazia um ronda noturna no local, e ouviu o choro do recém-nascido.
A delegada responsável pelo caso, Luciana Costa Moura, informou ao G1 que várias pessoas foram ouvidas e que a polícia verificou se havia imagens de câmeras nas proximidades do local onde o bebê foi deixado, mas como o terreno é grande e ermo, nenhuma câmera foi encontrada.
Luciana Costa Moura, afirmou ainda que a PC investiga se quem deixou a criança teve ajuda de alguém, já que há um muro no local. A principal pista que está sendo investigada é a cor do clampping (espécie de prendedor), que foi encontrado no cordão umbilical do menino. Os utilizados na maternidade de Janaúba são brancos, o que foi colocado no recém-nascido é laranjado.
Uma intimação foi enviada para o hospital da cidade para que o diretor do local preste depoimento. Segundo a delegada, esse é um procedimento padrão e pode ajudar nas investigações, já que ter a ajuda da direção do hospital, para descobrir a instituição onde o menino nasceu, é o primeiro passo para entender os motivos pelos quais ele foi deixado no terreno da estação. 
Entenda o caso
Após ser encontrado pelo vigia, o bebê foi levado para o hospital de Janaúba e ficou em observação por um dia, até que o juiz determinou que ele ficasse provisoriamente com um casal, inscrito no Cadastro Nacional de Adoção. O menino recebeu o nome de Davi e ainda está sob os cuidados dessa família.
De acordo com o pediatra Heberth Amaral, quando Davi chegou ao hospital ele apresentava temperatura corporal baixa e estava com fome. Como o menino é saudável, não havia risco dele ficar com nenhuma sequela. Na semana seguinte, o recém-nascido tomou vacinas e fez exames.
Markbianno Paulo da Silva, o vigia que encontrou Davi, estava trabalhando no serviço há três dias e é natural de Solidão, em Pernambuco.
“No início achei que fosse um gato. Mas quando cheguei perto vi um bebê chorando. Ele usava uma roupa e um pano, mas estava deitado no chão, ao relento. Quando olhei para ele, tão pequenininho, lembrei do meu filho que tem pouco mais de dois meses.”


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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