Delegado já tem relação de ligações telefônicas que podem levar ao paradeiro de garota desaparecida

Os investigadores do caso Emily Ketlem Ferrari Campos, de 8 anos, que desapareceu em Rio Pardo de Minas, no Norte de Minas, no último dia 4, estão concentrados em apurar as ligações telefônicas feitas por suspeitos de estarem envolvidos no sumiço da criança. O delegado Luiz Carlos Freitas Nascimento recebeu a lista das operadoras de telefonia nessa segunda-feira (20), após liberação do pedido da Justiça para a quebra do sigilo telefônico. Porém, o trabalho de checagem começou a ser feito nesta terça-feira (21).
De acordo com Roney Vieira, da Delegacia Especializada em Pessoas Desaparecidas de Belo Horizonte, que está na cidade da menina trabalhando nas buscas, outras testemunhas que já foram ouvidas devem voltar a prestar esclarecimentos nesta terça. “Há alguns dados que precisam ser checados novamente, que surgiram após as oitivas dessas testemunhas, por isso queremos ouvi-las de novo”, afirmou Vieira. Três testemunhas foram ouvidas nessa segunda-feira (20) pelo delegado Nascimento, ele preferiu, contudo, não revelar os detalhes das oitivas para preservar as investigações.
As buscas por Emily nesta manhã se concentraram nas matas do entorno de Rio Pardo de Minas. "Parte da área rural também fez parte desse rastreamento", disse Vieira. Uma equipe do Corpo de Bombeiros de Janaúba atua nas buscas pela garota desde o domingo, quando foram feitas diligências no rio Pardo.
Uma das denúncias recebidas pela Polícia Civil durante a investigação foi a de que Emily estaria em um shopping center em Montes Claros, na mesma região, na companhia de uma mulher. Os investigadores analisaram as imagens do circuito interno de segurança do centro de compras, mas descartaram a possibilidade de que a garota que aparece nas filmagens seja a menina desaparecida.
Nesta terça-feira, contudo, a família de Emily teve acesso a essas imagens para eliminar qualquer hipótese. “É mesmo para que eles também vejam as gravações e se certifiquem de que não é a menina”, afirmou o investigador.

Buscas

Foi descartada a possibilidade de o corpo da garota, que completou 8 anos na sexta-feira (17), estivesse no rio Pardo, que corta a cidade. No domingo (19), uma equipe do Corpo de Bombeiros de Janaúba, na mesma região, fez buscas por quase toda a extensão do curso d'água.
Também foi eliminada a possibilidade de que a criança das imagens de um posto de combustíveis e de um shopping de Montes Claros, na mesma região, fossem de Emily. “Tem muita gente que vê uma criança e acha parecida com a pessoa desaparecida, até por não ter o convívio, é comum essa confusão.
Mas as imagens mostraram que não era a criança”, explicou o investigador que deve permanecer com a equipe neste fim de semana na cidade de Rio Pardo de Minas.

Desaparecida
Emily Ketlem sumiu enquanto brincava na porta de casa, no último dia 4, por volta das 17 horas, na avenida Padre Eurácio Giraldi, no bairro Cidade Alta. Ela possui Transtorno de Déficit de Atenção (T.D.H.). Os pais são separados e, no dia do sumiço, o pai havia deixado a menina na casa da ex-mulher por volta das 15 horas.
Em seguida, viajou para a cidade de Taiobeiras, conforme relatou em depoimento à polícia. Desde então a menina não foi mais vista. A vida de Tatiany Ferrari, mãe da criança, desde o sumiço de Emily tem se resumido a ficar em casa. “Eu evito sair porque todo mundo vem me dar uma palavra de conforto, mas eu fico mais triste ainda”, lamentou.

Tem informações?

A Polícia Civil pede para as pessoas que puderem ajudar nas investigações com informações sobre o paradeiro da criança entre em contato pelo telefone: 0800-2828-197. A ligação é gratuita e não é preciso se identificar.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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