Buscas à menina Emily recomeçam nesta terça


A Polícia Civil dará continuidade, nesta terça (21), nas buscas pela menina Emily Ketlem Ferrari Campos, de 8 anos, desaparecida há 16 dias, na porta de casa, em Rio Pardo de Minas, no Norte do estado.
De acordo com o delegado Luiz Cláudio Freitas do Nascimento, as os trabalhos serão concentrados em matas da zona rural do município.
O helicóptero da Civil e os bombeiros permanecem na cidade para ajudar nas buscas.
Nesta segunda, o delegado ouviu mais duas pessoas próximas à família, no entanto, o teor dos depoimentos não foi revelado para não atrapalhar nas investigações. Amanhã uma nova testemunha deve ser ouvida.

Depoimentos
O depoimento de uma testemunha pode ajudar a polícia a descobrir o paradeiro de Emily.  Ela foi vista pela última vez no dia 4 de maio, na cidade de Rio Pardo de Minas, no Norte do Estado. Nesta segunda-feira (20) foram ouvidas três pessoas ligadas à garota.
De acordo com o delegado Nascimento, duas testemunhas prestaram depoimento pela manhã. À tarde foi ouvida uma pessoa considerada essencial no caso. "De manhã foram ouvidas duas testemunhas que não contribuíram muito nas investigações. Mas agora à tarde ouvimos uma pessoa fundamental no caso. Prefiro nem falar quem é e o que disse para não atrapalhar nas investigações", afirmou o delegado
Parentes, amigos e conhecidos dos familiares de Emilly Ketlen já foram ouvidos. Entre eles o pai da criança, os avós, uma professora e o atual namorado da mãe e a própria Tatiany Ferrari. Em depoimento, ela disse que não tem um bom relacionamento com o ex-marido e a atual mulher dele. "Não estou culpando ninguém, só disse para a polícia que eu, meu ex-marido e sua atual mulher não nos damos muito bem e já brigamos muito sobre o pagamento da pensão alimentícia de Emily", disse.
O pai da menina, Leandro Campos, negou que tenha envolvimento com o desaparecimento da filha e que tenha tido alguma briga grave em família. "De fato, eu, Tatiany e Jocasta (a mulher dele) já nos desentendemos quanto aos horários de passeio de Emily, mas essa briga tem mais de dois anos. Depois disso, resolvemos dar atenção para o bem-estar da minha filha e começamos a ter um relacionamento que fosse o mais respeitoso possível", relatou Campos.

Tráfico internacional
Segundo o delegado, há uma possibilidade remota de tráfico internacional de pessoas. Ele entregou a um juiz da comarca um pedido para que a Polícia Federal realize um rastreamento da menina nos portos e aeroportos do país. Além disso, requisitou que fotos dela fosse afixadas nesses locais.
A polícia não acredita que Emily tenha se perdido, também considerando as informações coletadas nos depoimentos, principalmente a versão da mãe. "Tatiany nos informou que a garotinha sabe o endereço de casa e também é muito conhecida na cidade. Começamos a lidar com as hipóteses de roubo ou rapto infantil", disse o investigador Eduardo Viana, que presta auxílio no caso.
A Polícia Civil pediu à Justiça a quebra de sigilo telefônico de pessoas ligadas a Emily e já descartou a hipótese de a menina ter ido para São Paulo com um homem desconhecido. Segundo o delegado, o ônibus foi interceptado e a garota não foi achada.
Nesse domingo (19) foi montada uma força-tarefa para achar a menina Emily. Segundo o investigador Eduardo Viana, seis bombeiros de Janaúba e oito agentes da Delegacia Especializada em Localização de Pessoa Desaparecida de Belo Horizonte participaram da ação. No início da manhã, eles sobrevoaram o município, inclusive o rio Pardo. Durante a tarde, as buscas foram realizadas por terra. O grupo visitou locais de difícil acesso, como matas fechadas e rios. Os bombeiros de Janaúba devem permanecer na cidade até quarta-feira.

Relembre o caso
A criança sumiu enquanto brincava na porta de casa, na avenida Padre Hoácio Giraldi. "Emilly tem o hábito de brincar, no portão de casa, com a bonequinha. Nunca me preocupei, porque a cidade é bem calma, e todos aqui a conhecem. Nenhum vizinho a viu sair com ninguém, minha filha sumiu sem deixar nenhum rastro", contou Tatiany Ferrari, de 29 anos.
O prefeito da cidade, Jovelino Pinheiro Costa, mobilizou a estrutura da administração municipal para apoiar o trabalho policial. "Já sensibilizamos toda a população da cidade. Espalhamos fotos de Emilly pelas ruas e colocamos carros de som para circular por todo o município, chamando por ela", contou a secretária municipal de Assistência Social, Janaína Gersiane Santos Xavier, de 34 anos.

Informações
A família ainda não recebeu nenhum contato telefônico com informações dela após a divulgação da recompensa de R$ 5.000. A quantia foi doada por um morador de Rio Pardo de Minas que se comoveu com a história e não quis se identificar.
O inquérito policial sobre o desaparecimento da menina já conta com mais de 300 páginas.
Qualquer informação que contribua para as investigações podem ser repassadas as polícias civil e militar pelos telefones 181 e 190. A ligação é gratuita e o anonimato garantido.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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