RACHA NA PF: DELEGADOS QUEREM SER RECONHECIDOS NA CONSTITUIÇÃO COMO CARREIRA JURÍDICA

O lobby dos delegados da Polícia Federal que querem ser reconhecidos na Constituição como carreira jurídica para obter prerrogativas dos magistrados - vitaliciedade, irredutibilidade de vencimentos e inamovibilidade - expôs um racha na corporação. Policiais que exercem outras funções na PF, como agentes e escrivães, alegam que o real objetivo dos delegados é engordar o contracheque - passariam a receber o equivalente a 95% do que ganham os ministros do Supremo Tribunal Federal, teto do funcionalismo.
“Transformar o cargo de delegado em carreira jurídica é criar o trem da alegria para aumento salarial e garantias injustificadas”, aponta o Sindicato dos Servidores da PF em São Paulo. “A briga por garantias iguais às de juízes reflete apenas reivindicação de uma única categoria profissional, a dos delegados.”
A PF é composta por seis categorias - agentes, escrivães, papiloscopistas, administrativos, peritos e delegados. “Somos contra a transformação do cargo de delegados em carreira jurídica. Função de delegado é presidir inquérito policial, peça mecânica e repetitiva, que poderia ser conduzida, na prática, por qualquer pessoa com nível superior em qualquer área, não necessariamente bacharel em Direito.”


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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