Feiras da Economia Popular Solidária movimenta Janaúba


Em 2011, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Trabalho e Emprego, buscou fomentar e fortalecer os empreendimentos econômicos solidários e suas redes e cadeias de produção, comercialização e consumo, com base nas diretrizes e princípios do comércio justo e solidário.
O apoio à comercialização foi empreendido por meio da realização de 12 feiras regionais da Economia Popular Solidária, que funcionam como espaços de geração de trabalho e renda e de exercício de autonomia para seus integrantes.
Para a artesã de Tiradentes, Luzia Batista da Silva, as feiras, muito além de aumentar a visibilidade do empreendimento e as vendas dos produtos, proporcionam o intercâmbio de informações e o convívio com as mais diversas representações culturais. “Essa não é somente uma forma de economia, é um conjunto de descobertas de talentos e a oportunidade de conhecer pessoas, municípios e diferentes tipos de arte”, considera.
Essa opinião é compartilhada com o facilitador estadual do Projeto Rede de Desenvolvimento, da ONG Visão Mundial, Najane Pinheiro. Para ele, as feiras também são oportunidades para obter a valorização do público, que é apresentado a novas técnicas e produtos. “Trabalhamos com grupos de mulheres que se sustentam com o artesanato. Por meio de oficinas, elas aprendem novas técnicas, resgatam outras bem antigas e trocam experiências. A exposição na feira é a consolidação, a apresentação do produto final do nosso trabalho e o reconhecimento do público que compra nossos artigos”, afirma.
Os empreendimentos de Economia Popular Solidária são iniciativas da sociedade civil que visam à geração de produto ou serviço, por meio da organização, cooperação, gestão democrática, solidariedade, distribuição equitativa das riquezas produzidas coletivamente, autogestão, desenvolvimento local integrado e sustentável, respeito ao equilíbrio dos ecossistemas, valorização do ser humano e do trabalho e do estabelecimento de relações igualitárias entre homens e mulheres. Fazem parte dessa prática os empreendimentos econômicos solidários organizados coletivamente por trabalhadores em diversos ramos de atividades, como alimentação, artesanato, confecção e calçados.
O secretário Adjunto de Estado de Trabalho e Emprego, Hélio Rabelo, destaca que o Governo de Minas está investindo na formação e assistência técnica dos empreendedores, além de liberação de crédito com baixa tributação. “O que vemos aqui são produtos especiais, diferentes e únicos de cada região. Não estamos trabalhando apenas pelas feiras, mas também pela certificação dos produtos e qualificação dos artesãos”, declara.
A Política Estadual de Fomento à Economia Popular Solidária é desenvolvida pela Sete, em parceria com o Conselho Estadual de Economia Popular Solidária, o Fórum Mineiro de Economia Popular Solidária e as prefeituras.


As feiras em números
Em 2011, foram realizadas feiras nas cidades de Araçuaí, Alfenas, Almenara, Belo Horizonte, Governador Valadares, Janaúba, Juiz de Fora, Lavras, Montes Claros, Paracatu, Teófilo Otoni e Uberlândia, com investimentos do governo mineiro, da ordem de R$ 886.042,31. No total, participaram das feiras 462 empreendimentos de 167 municípios, com média de ganho por empreendimento de R$ 368,24, com a maior renda em Lavras (R$ 773,20).
Os produtos mais ofertados foram no setor de confecção (34%), seguidos pelos do setor de artesanatos (32%). Entre os mais procurados, estão os produtos alimentícios (40%), também seguidos pelos artesanatos (33%).
Durante os eventos, foi realizada pesquisa com os empreendedores e consumidores sobre a efetividade e resultado das feiras. Dos empreendedores participantes, 67% disseram que as suas expectativas foram atendidas e 86% ficaram satisfeitos com sua organização. Entre os visitantes, 84% disseram ter tido as expectativas atendidas e 72% encontraram os produtos que desejavam.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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